segunda-feira, 30 de março de 2009

Lee ''Scratch" perry




Lee ’Scratch’ Perry começou sua carreira trabalhando como faz-tudo no Studio One, sob as ordens do lendário produtor Coxsone Dodd. Em meados da década de 60, ele era um misto de mensageiro, técnico de som, compositor, deejay, segurança e também vocalista, mostrando todo seu ecletismo (foi lá que gravou as faixas reunidas em CHICKEN SCRATCH, Depois de sete anos de trabalho, brigou com Coxsone por causa dos parcos salários e da falta de reconhecimento e foi trabalhar com Joe Gibbs, que na época ainda não era um produtor, mas tinha muita grana. Perry passou a comandar o selo de Gibbs, conseguindo alguns hits com suas produções, entre elas uma música onde fazia acusações diretas ao seu ex-patrão. Pouco tempo depois deixou o novo chefe, novamente atirando para todos os lados, dando mostras do seu gênio terrível e da sua forte personalidade. A partir de 68 passou a trabalhar por conta própria criando seu próprio selo, o Upsetter, e recrutando alguns jovens músicos para formar sua banda de estúdio, os Upsetters. A formação incluia os irmãos Family Man e Carlton Barret no baixo/bateria, o guitarrista Alva Lewis, o tecladista Glen Adams e Max Romeo nos vocais. Na época todos circulavam por Kingston assintindo filmes do estilo ’western-spagueti’ no cinema, à tarde, e passando as noites no estúdio, onde, devidamente inspirados, criavam ritmos demolidores. Em 69 Perry emplacou um hit com a banda na Inglaterra justamente inspirado em tais filmes,”Return of Django”, o que lhe lhes rendeu seis semanas de shows, a primeira turnê de um grupo jamaicano por lá. Foi justamente nessa época que os caminhos de Lee Perry se cruzaram com os de Bob Marley, em termos profissionais, visto que eles já se conheciam dos tempos do ska, tendo ambos trabalhado com Coxsone no Studio One. As coisas estavam mudando na emergente cena reggae jamaicana, com o aparecimento de novos selos e produtores independentes, que punham em xeque o reinado dos dois maiores produtores até então, Coxsone e Duke Reid. Assim, os Wailers, que estavam sem produtor depois de terem feito sucesso e brigado com Coxsone, acabaram topando com Lee Perry, então lutando por seu espaço no competitivo mercado. Depois de algumas jams e gravações com os Upsetters, Bob Marley intimou o grupo à abandonar Perry e se juntar à eles, com o argumento de que a união da melhor banda de estúdio com o melhor grupo vocal da Jamaica seria devastadora. Quando Lee Perry soube da tentativa de Bob ficou furioso, a ponto mesmo de querer matá-lo. O caso só foi resolvido num tête-a- tête entre os dois, quando depois de horas de discussão acalorada eles chegaram a um acordo, deixando a sala onde estavam em meio à risos e tapinhas nas costas. Os Upsetters se juntariam aos Wailers, sim, mas o produtor exclusivo seria, obviamente, o próprio Perry. Logo todos estariam no estúdio, criando o que seria o ponto alto não só das carreiras de cada um como também da própria história da música jamaicana. A quimica que rolou nas sessões dos Wailers com os Upsetters, sob o comando genial de Lee Perry, foi fenomenal, tal a quantidade de clássicos que foram produzidos, que mudaram os rumos do reggae, serviram de base ao enorme sucesso alcançado por Bob na sequência e estabeleceram Lee Perry como um dos grandes produtores da Jamaica. Muitas das músicas que saíram dessas sessões (Small Axe, Duppy Conqueror, Kaya, Put it on, entre outras) foram regravadas depois por Bob, mas a mágica das gravações originais nunca seria ultrapassada. Entre 69 e 70 as coisas funcionaram bem, mas em 71 a lua de mel entre Lee Perry e os Wailers acabou. Tratando-se de personalidades fortes, foi até natural o rompimento da relação de amor e ódio que se estabeleceu entre eles, em meio à acusações mútuas.Os Wailers ficaram com os irmãos Barret, reformulando o grupo e assinando contrato com a Island em 72, onde continuaram a fazer história. Os demais músicos seguiram seu caminho e Lee Perry ficou com o nome Upsetter, convocando novos músicos para seu próximo projeto. Com o fim da revolucionária parceria com os Wailers, Lee ’Scratch’ Perry começou a construir um estúdio que viria a se chamar Black Ark (cuja produção foi compilada em várias coletâneas, entre as quais a sublime ARKOLOGY - ver capa abaixo e mais detalhes no site oficial da caixa), reformulando a formação dos Upsetters. Já estabelecido como produtor, ele conseguiu sua independência em relação aos tradicionais chefões jamaicanos e se afirmou como um dos nomes mais importantes da cena reggae. Entre 74 e 79, o Black Ark foi uma potente usina musical e ditou as regras na música da ilha, sob o comando de seu tresloucado construtor/comandante. O som do Scratch e de sua confraria marcou época com produções inovadoras e à frente do seu tempo. Passaram pelas mãos do Scratch nomes como Max Romeo, Junior Murvin, Heptones, Gregory Isaacs, Junior Byles, Congos, além de calouros a quem ele dava a tão sonhada primeira chance. E ele ainda encontrava tempo para cuidar de sua carreira solo.Com as atenções do mundo voltadas para a Jamaica por conta do sucesso de Bob Marley, era natural que a música de Lee Perry se destacasse, levando-o à vôos internacionais. A Island Records assinou com ele um contrato de distribuição, e seu estilo acabou chamando a atenção de figuras como Paul McCartney e o Clash, que inclusive regravaria no seu primeiro disco a clássica ’Police and thieves’. Pra manter a tradição, passado um tempo, ele rompeu com Chris Blackwell, chefe da gravadora, à quem também fez acusações através de suas músicas. Lee Perry viveu todo esse período trancado no estúdio, às voltas com intemináveis sessões de gravações regadas à álcool e ganja em profusão. Isso somado às atribuições do estrelato levou-o a sofrer uma séria crise nervosa, que culminou com o incêndio do Black Ark, ateado por ele mesmo, em 79, num episódio trágico. Além de dar um tiro no pé, acabou abandonado por sua mulher, cansada de ter que aturar o seu estilo de vida. O acontecimento significou uma ruptura radical com o passado e marcou o início de uma fase em que ele passou a ter um comportamento um tanto excêntrico. Às vezes recebia jornalistas agindo de maneira estranha, em meio às ruínas do estúdio, totalmente cobertas de graffitis e outras pinturas, e fazia maluquices de todo o tipo, sempre com um discurso meio fora de órbita . Por essas e outras, ficou com fama de louco. Perry passaria os anos seguintes errando entre a Europa e a Jamaica, chegando a morar em Amsterdam e gravando (poucos) discos. Uma de suas decisões foi parar de produzir outros artistas e houve uma vez em que ele tentou reconstruir o estúdio, mas a tentativa acabou fracassando. Em 82 e 84 ele emitiu os primeiros sinais de que poderia voltar à antiga forma com o lançamento de dois ótimos discos. Mas foi apenas em 87 que finalmente aconteceu o retorno definitivo do gênio aos seus melhores dias. Trabalhando em conjunto com o produtor inglês Adrian Sherwood e sua banda, a Dub Syndicate, Perry lançaria o clássico ’Time Boom X De Devil Dead’, muito mais do que uma obra prima. Foi a sua volta à cena em grande estilo. Na sequência se seguiram outros excelentes lançamentos, bem como várias reedições de suas agora lendárias produções dos anos 70.Estabelecido na Suiça, com uma nova esposa, Lee ’Scratch’ Perry se mantém como um dos nomes mais importantes e decisivos na história do Reggae. As últimas notícias que se tem dele é que estaria trabalhando com o filho Omar, na tentativa de recuperar fitas antigas com material gravado no Black Ark, e construindo em casa um novo estúdio, desta vez chamado Blue Ark, de onde certamente sairão grandes produções.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Toots & The Maytals



Toots & The Maytals é um grupo jamaicano, originalmente chamado simplesmente de “The Maytals”, é uma das mais conhecidas bandas de ska e reggae. O som deles é uma combinação original de gospel, ska, soul, reggae e rock.

Jimmy Cliff


Jimmy Cliff, nome artístico de James Chambers, (Saint Catherine, 1 de abril de 1948) é um músico jamaicano de reggae. É o menos compreendido de todos os grandes mestres do reggae, tendo sido acusado de abandonar as origens rastas, porém é respeitado por ter sido o primeiro a abrir as portas do sucesso ao reggae na Europa e no resto do mundo.
A sua religião lhes causou muitos problemas na Jamaica com os rastas. Num incidente estranho, em um grande show com os Wailers em Kingston nos finais de 1975, rastas radicais, indignados com sua dedicação ao islamismo, chegaram a cuspir em sua cara. Este foi um dos motivos que o fez mudar-se para a Inglaterra.
Seu ingresso no mundo da música revela um dado curioso: Leslie Kong, proprietário de uma loja de discos, fez sucesso como produtor investindo exatamente no garoto Jimmy. Mais tarde, o mesmo Kong teria o privilégio de encaminhar Bob Marley para a sua primeira gravação. Cliff alcançou notoriedade fora da ilha por sua participação no filme The Harder They Come, produzido pela gravadora Island e protagonizado por ele e seus compatriotas Desmond Dekker, The Maytals e Melodians (os dois últimos, grupos vocais que, assim como o muçulmano Cliff, faziam uma celebração da vida mais suave e menos politizada que os Wailers).
Retratando o cotidiano dos adolescentes pobres de Trench Town, os rude boys, o filme foi mais uma arma da Island para difundir o reggae pelo mundo. Tal investimento nem seria necessário: o reggae conquistaria a ilha colonizadora mais cedo ou mais tarde.
Para Cliff a oportunidade não poderia ter sido melhor. Apesar do fracasso comercial, o filme fez muito mais por seu marketing pessoal que a outra arma da Island: uma visita quase que anônima ao Brasil ainda em 1969 para participar do Festival Internacional da Canção (FIC).
Em 1980 excursionando com Gilberto GIl, lotou todos os auditórios onde pisou. Quatro anos depois ele repetiu a façanha sozinho, indo do ginásio do Corinthians, em São Paulo, ao programa do Chacrinha. Em 1990 Cliff participou do primeiro CD do Cidade Negra, na música Mensagem, feita por Ras Bernardo. Em 1991 gravou na Bahia, em Salvador, o CD Breakout, lançado em 1992. O disco contou com as participações de Olodum na música "Samba Reggae" e Araketu nas músicas Breakout e War a Africa. Em 1993 ele regravou "I Can See Clearly Now", de JOHNNY Nash, para a trilha do filme Jamaica Abaixo de Zero. Em 1997 ele esteve também no acústico dos Titãs cantando "The Harder They Come", recriada numa versão em português, "Querem Meu Sangue".
Em 1999 Jimmy participou do CD do grupo Olodum. Dos artistas de reggae, Jimmy é o mais (talvez o único) influenciado pela MPB. Várias de suas canções revelam esta identidade. Músicas como "Sittin' In Limbo", "Rebel In Me", "Wonderful World, Beautiful People", foram compostas aqui mesmo em suas vindas ao Brasil. Ainda que a familiaridade com o Brasil seja grande o bastante para promover esta interação, Cliff sempre esteve à vontade para cruzar o reggae com outros gêneros.
Ainda em 1964, ele deixou a Jamaica para ser cantor de Soul na Inglaterra; no começo dos anos 80, enveredou pelos lados do funk e do pop. Sempre se preocupou em renovar suas influências, extraindo do pop mundial o amálgama para catalisar uma comunhão das linhagens que circundam o universo negro. Ha 20 anos ele vive na Bahia, mas precisamente em Lauro dE Freitas, município que faz parte da Grande Salvador.

The Skatalites


The Skatalites são considerados como os criadores do sKa e , também influenciaram o rocksteady e o reggae, seus descendentes musicais que derivam dos sons tradicionais da Jamaica. As suas primeiras gravações de ska datam de junho de 1964, ainda que estes músicos tivessem trabalhado bastante tempo antes como banda para a gravadora/editora Studio One, gravando principalmente rhythm and blues. Os membros originais da banda obtiveram a sua formação musical a partir dos músicos de jazz da Jamaica. Por isso, se bem que e tenham inspirado em sons oriundos dos Estados Unidos da América (principalmente boogie woogie) e sons africanos, a música dos The Skatalites contém muitos elementos próprios do jazz.
Os membros originais dos The Skatalites foram Don Drummond (trombonista), Tommy McCook (saxofone e flauta), Roland Alfonso (saxofone), Lester Sterling (saxofone), "Dizzy Johny" Moore (trompetista), Lloyd Brevet (baixo) Lloyd Knnibb (bateria), Jackie Mittoo (piano e órgão), Jah Jerry Haines (Guitarra).
The Skatalites gravaram para os "soundsystems" através do "Studio One", de que eram uma banda estúdio. Chegaram a ser muito populares na Jamaica , visto que a maioria dos artistas, como Bob Marley, Peter Tosh, Bunny Wailer ou os Toots & The Maytals gravaram com eles. A banda original dissolveu-se em 1965, ano em que o líder do grupo (Don Drummond) matou a esposa e foi internado no centro psiquiátrico "De Bellevue", centro no qual morreu passados dois anos.
A banda reapareceu reformada como grupo em 1983 e na atualidade seguem ainda tocando, se bem que a maioria dos membros tenham sido substituídos. A banda recebeu dois prémios Grammy: um em 1996 e o outro em 1997.

Membros originais
Don Drummond: trombone.
Tommy McCook: saxofone e flauta.
Roland Alfonso: saxofone
Lester Sterling: saxofone
«Dizzy Johny» Moore: trompete.
Lloyd Brevet: baixo, contrabaixo.
Lloyd Knnibb: bateria.
Jackie Mittoo: piano e órgão.
Jah Jerry Haines: Guitarra

Outros membros
Cluet «Skavoovie» Johnson: baixo
Doreen Shaffer: voz.
Karl «Cannonball» Bryan: (saxofone)
Vin Gordon: trombone
Kevin Batchelor:trompete.
Val Douglas: baixo.
Devon James: guitarra.
Ken Stewart: teclados

Colaboraram com a banda estes músicos
Lyn Tait: guitarra.
Ernest Ranglin: guitarra.
Lloyd Richards: teclados.
Audrey Adams: teclados.
Rico Rodríguez: trombone.
Karl Bryan: saxo barítono.
Dennis «Ska» Campbell: saxo tenor.
Baba Brooks: trompete.
Raymond Harper: trompete.
Tony Gregory: voz.
Lord Tanamo: voz.
Jackie Opel: voz.
Doreen Shaffer: voz.
Prince Buster: voz.
Peter Tosh: voz.
Bob Marley: voz.
Bunny Wailer: voz.
Toots Hibbert: voz.
Jimmy Cliff: voz.
Laurel Aitken : voz.

Peter tosh

Peter Tosh (19 de outubro de 1944 – 11 de setembro de 1987) foi um pioneiro músico de reggae/ska. Militante, bem-instruído e encrenqueiro, Tosh era o Malcolm X da personalidade estilo Martin Luther King representada por Bob Marley.
Batizado Winston Hubert McIntosh, e nascido em Westmoreland, ele cresceu em Kingston, Jamaica, na favela de Trenchtown. Embora seu pavio curto o metesse frequentemente em confusões, o jovem McIntosh começou a cantar e a tocar guitarra bem cedo, inspirado pelas estações americanas que ele conseguia sintonizar em seu rádio.
No começo dos anos 6 ele conheceu Bob Marley e Bunny Livingston, formando o grupo Wailing Wailers. Depois que Marley retornou dos Estados Unidos em 1966, os três passaram a se envolver com a religião Rastafari, mudando o nome da banda para The Wailers.
Eles conseguem um contrato com a Island Records, lançando Catch a Fire em 1972 e Burnin em 1973. Neste mesmo ano, Tosh se envolve em um sério acidente automobilístico. Seu carro cai de uma ponte, matando sua namorada e deixando Tosh com uma fratura grave no crânio. Ele sobrevive, mas torna-se uma pessoa ainda mais difícil de se lidar. Depois que o presidente da Island, Chris Blackwell, recusa-se a lançar seu disco solo em 1974, Tosh e Bunny deixam os Wailers, citando o tratamento injusto que recebiam de Blackwell, que Tosh chamava de "pior que os brancos".
Ele lança seu disco solo em 1976 pela CBS, Legalize It; a faixa-título logo tornaria-se o hino do movimento pró-maconha, além da favorita nos shows de Tosh, bem como se tornando o single mais vendido da ilha, a despeito da proibição de que tocasse nas rádios. Sempre mostrando seu lado militante, ele lança Equal Rights em 1977.
Tosh tentou obter reconhecimento das massas mantendo seu ponto de vista militante, mas não foi muito bem sucedido, principalmente se comparado à Bob Marley. Depois do lançamento de Mama Africa em 1983(onde está incluído o seu maior sucesso, a regravação da canção clássica do roqueiro norte-americano Chuck Berry, Johnny B. Goode) ele entra num auto-imposto exílio, procurando auxílio espiritual de curandeiros africanos enquanto tentava se livrar de um contrato de distribuição de seus discos na África do Sul.

Em 1987, a carreira de Peter Tosh parecia estar voltando a fazer sucesso; naquele ano, recebeu um Grammy por Melhor Performance de Reggae naquele ano, pelo álbum No Nuclear War. No entanto, no dia 11 de setembro, uma gangue de três homens invadiu sua casa exigindo por dinheiro. Diante da negativa de Tosh, dispararam contra ele e seu amigo, o DJ Jeff "Free I" Dixon. O líder da gangue era Dennis "Leppo" Lobban, um homem de quem Peter Tosh havia ficado amigo e ajudado até mesmo a encontrar um emprego depois de cumprir uma longa sentença na prisão. Leppo se entregou para as autoridades, foi julgado e condenado na mais curta deliberação de jurados da história da Jamaica: onze minutos. Foi condenado à morte, porém sua sentença foi alterada em 1995 e ele continua até hoje na cadeia.[1]Nenhum de seus dois supostos cúmplices foram encontrados, embora existam rumores de que ambos teriam sido assassinados a tiros.

Bunny Wailer















Bunny Wailer, também conhecido como Bunny Livingston, foi um integrante da formação original do grupo de reggae Bob Marley & the Wailers, juntamente com Bob Marley e Peter Tosh. Cantor, compositor e percussionista, foi batizado de Neville O'Riley Livingston em 10 de abril de 1947 na Jamaica.
Bunny viajou em turnê com os Wailers pela Inglaterra e Estados Unidos, mas logo tornou-se relutante em deixar novamente a Jamaica. Ele e Tosh foram marginalizados no grupo quando os Wailers começaram a fazer sucesso internacional, com todas as atenções focadas em Marley. Wailer e Tosh subsquentemente deixaram a banda para seguirem carreira solo. Eles foram substituídos pelas "I Thress", uma estratégia com vistas a ampliar o sucesso dos Wailers no mercado não-jamaicano.
Depois de deixar o grupo, Bunny fixou-se mais em seus princípios espirituais. Assim como os outros Wailers, ele era um Rasta declarado. Ele produziu alguns de seus álbuns, além de compor e regravar a maioria do material do catálogo dos Wailers. Ele obteve sucesso gravando músicas apolíticas, mais pop e dançantes. Bunny sobreviveu a seus contemporâneos quando a morte violenta era um lugar comum.
Wailer ganhou três Grammys de "Melhor Álbum de Reggae": em 1990, 1994 e 1996.

The Wailers

The Wailers é uma banda de reggae criada em 1962 por Bob Marley, Peter Tosh, Bunny Wailer, Berverly Kelso, Cherry Smith e Junior Braithweire com o nome de Wailing Wailers. Começaram tocando Ska e outros ritmos jamaicanos como rock steady.
A partir de 1970, após a saída de três músicos da formação original, a banda passou a se chamar apenas Wailers (Lamentadores), agora já com a presença dos irmãos Aston "Familyman" e Carlton Barret, baixo e bateria respectivamente. Lançaram o disco Catch a Fire em 1973, já com o nome de Bob Marley & the Wailers, disco que fez imediato sucesso internacional. Em 1973 lançam o disco Burnin, com a banda se chamando apenas Wailers. Em 1974, após imposições da gravadora (Island Records), o nome mudou para Bob Marley e The Wailers. Tal fato provocou a saída de Peter Tosh, que não aceitou a imposição e desde então passou a seguir carreira solo. Bunny Wailer saiu para dedicar-se a sua fé. Lançamento do disco Natty Dread.

Após a morte do líder Bob Marley, a banda afastou-se por um tempo do cenário musical e voltou tempos depois com Junior Marvin nos vocais e sem a presença de Carlton Barret, assasinado pela esposa e seu amante. Hoje a banda é uma referência para o Reggae e briga com a família de Bob Marley pelos direitos autorais das músicas.

Eek -a- mouse





















Eek-a-Mouse (nome verdadeiro: Ripton Hylton, Kingston, Jamaica) , 19 de Novembro de 1957) é um cantor jamaicano, uma das primeiras estrelas do reggae no país. É responsável pelo sub-género de reggae conhecido como singjaying, e ficou famoso por ter feito em mais de 200 shows por ano nos Estados Unidos da América, Países Baixos, Alemanha, Reino Unido e indias ocidentais.

Nascido em Kingston,(Kingston é a capital e maior cidade da Jamaica e está localizada na costa sudeste do país). na Jamaica com o nome de Ripton Hylton, Eek-a-Mouse começou a dar os seus primeiros passos no reggae, quando ainda estava na faculdade.
Eek-a-Mouse participou no duo de reggae chamado Michigan and Smiley, e também no álbum da banda de nu metal Satellite, dando a sua voz ao tema "Ridiculous." Eek-A-Mouse também foi ator no filme de gangsters de 1991 intitulado New Jack City, onde interpretava o papel de de um passador de droga rastafári, Fat Smitty, que tem um final trágico.

Com seu talento individual criou seu próprio estilo se tornando um fenômeno Internacional e referência mundial para o cenário do reggae. Seus dois primeiros álbuns foram lançados nos anos 70, sua época de estudante, que saíram com seu real nome. Em 1980 ele começou a gravar com Joe Gibbs, Papa Roots, Black Ark, Gemini, Jah Life, Black Scorpion e Vigor Sound System. Em 1981, lançou seus sucessos “Eek Cut”, “Virgin Girl” e “Noahs ARK''.

Eek-a-Mouse foi a grande surpresa no Festival SunSplash em 1981 na Jamaica. E no mesmo ano fez uma homenagem a Bob Marley (Otherwise in Morning for Bob Marley).
O ano de 1982 foi da ratazana com o seu single e sucesso esmagador “Wild Like a Tiger”/“ Do you Remember”.Nos anos 90 lançou um dos seus melhores álbuns, Mouseketeer, produzido por Junjo Lawes, com o qual obteve uma performance brilhante fazendo de 200 a 250 shows por ano.

Em 96 lançou “Black Cowboy”, pelo Babel Sunset BLDV. Após ter feito uma tournée mundial, passou a residir no subúrbio californiano. Foi quando seu inglês teve uma pequena mudança junto com o seu som para dance hall. Tornou-se cada vez mais respeitado e idolatrado por todos, tanto nos EUA, quanto no mundo.



Discografia



Bubble Up Yu Hip (1980)
Wa-Do-Dem (1981)
Skidip! (1982)
The Mouse and the Man (1983)
The Assassinator (1983)
Mouseketeer (1984)
Live At Reggae Sunsplash (1984)
The King and I (1985)
The Very Best Of (1987)
Mouse-A-Mania (1987)
Eek-A-Nomics (1988)
U-Neek (1991)
Black Cowboy (1996)
Ras Portraits (1997)
Eeeksperience (2001)
Greensleeves Wa-Do-Dem (2001)
The Very Best Of Vol.2 (2003)
Mouse Gone Wild (2004)
Eek-A-Speeka (2004)

terça-feira, 17 de março de 2009

ROOTS DUB REGGAE



A mistura de Ritmos

Reggae: Estilo musical que uniu os ritmos caribenhos com o Jazz e o Rhythm and Blues. Símbolo dos movimentos político-sociais jamaicanos nas décadas de 1960 e 1970. Seus principais intérpretes são Bob Marley, Peter Tosh e Jimmy Cliff.

Quick Step: RItmo americano que como o próprio nome diz, é rápida e cheia de pulinhos


Habanera: Gênero de música e dança cubana, em compasso binário, que influenciou o Tango, o Maxixe e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. Popular no século XIX, foi utilizada por grandes compositores, como Bizet, Albéniz e Ravel.

Chá Chá Chá: Dança derivada do Danzon cubano, que se seguiu ao Mambo. O nome foi tirado do barulho feito pelos dançarinos nas pistas de dança. Popularizou-se no mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de instrumentos de sopro.Cantores mais famosos: Orquestra Aragón e Fajardo y sus Estellas.


Calypso: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. Tinha no seu início um clima de "duelo"
político.Cantores mais famosos: Harry Belafonte


Batuque: Dança de origem africana, caracterizada por requebros, palmas e sapateados, acompanhados ou não de canto. Por extensão, nome de certos ritmos marcados por forte percussão.


Be Bop: É um tipo de Jazz sofisticado. Anos 40.


Descarga: Foi a mãe da salsa. Surgiu com a união de diversos músicos tocando o que queriam, em grandes shows. Fusão entre a música latina, rigidamente estruturada e o improviso do Jazz.


Polca: Dança e música originária da Boêmia, popular em meados do século XIX nos salões europeus. Caracteriza-se pelo movimento rápido, em compasso binário e andamento alegreto.


Rumba: O embalo sensual da Rumba nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento. Durante a dança, há sempre um elemento de insinuação e fuga.


Soca: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. É uma abreviação de soul-cum-calypso.


cada um com seu estilo. o importante e viver ...